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MANIFESTAÇÕES
Governo diz estar aberto ao diálogo

Data da notícia: 2015-03-17 12:02:40
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(Da Redação/Assessoria) Após a reunião da coordenação do governo da presidente Dilma Rousseff para avaliar as manifestações de ontem, ministros falaram em manter o diálogo com setores políticos e movimentos sociais e em buscar convergência de propostas e ações. A reunião de ontem (16) teve a participação de ministros e do vice-presidente, Michel Temer.
?Venho deixar claro que o governo está inteiramente aberto ao diálogo e assume como postura central ao diálogo com todas as forças sociais, e pouco importa se são forças sociais que apoiam ou são contra o governo. Pouco importa se são lideranças políticas que apoiam o governo ou se são oposicionistas. O governo está aberto ao diálogo com todos?, disse o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, em entrevista coletiva.
Cardozo disse que a primeira resposta que se dá as manifestações é ouvi-las. Ele reforçou a avaliação de que a indignação contra a corrupção foi a forte reivindicação dos protestos. ?O governo está ouvindo as manifestações. O governo democrático ouve a voz das ruas e, pouco importa se as pessoas que estão nas ruas aplaudem ou vaiam o governo. Ao ouvir, precisamos captar esse sentimento e nos parece muito claro que ele que tem profunda relação com a indignação por conta da corrupção?, disse Cardozo. Ele reafirmou o compromisso do governo com o combate à corrupção.
O ministro da Justiça explicitou que é hora de buscar convergência para encontrar alternativas no campo da política e da economia. ?Queremos dialogar com todas as forças políticas para que possamos encontrar convergências. Sinceramente, acho que esse é o papel que um governo democrático deve fazer, agindo com firmeza, mas com humildade?, sinalizou.
A exemplo do que disse ontem, Cardozo defendeu a reforma política, ao avaliar que os brasileiros que foram às ruas demonstraram insatisfação com o sistema político do país. ?Me pareceu que há um desconforto da população com nosso sistema político. Sinto isso quando líderes oposicionistas foram impedidos de falar. O sistema político hoje não permite ao brasileiro que se sinta representado?, avaliou.

Corrupção
Para o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, os manifestantes pediram sobretudo o combate à corrupção. ?Compreendemos o recado das ruas nos últimos dias. Ninguém estava reivindicando mais programas sociais ou dizendo que o desemprego está matando nossas oportunidades. Estavam às ruas dizendo que querem o combate à corrupção e entender o que o governo está fazendo na área de economia?.
Ele defendeu que o governo tem enfrentado com ?humildade? os efeitos da crise econômica e disse que os ajustes feitos ocorreram em função do esgotamento da possibilidade de manter desonerações e subsídios. ?Nossa capacidade de subsidiar esse esforço anticíclico chegou ao limite da responsabilidade e um governo que tem compromisso com a seriedade não pode esconder esse limite. Precisamos agora compartilhar com todos o desafio, porque não temos mais como segurar esses subsídios e alavancar empregos com ações anticíclicas como fizemos desde 2008?.
Ao responder a pergunta sobre como a presidente Dilma recebeu as manifestações, o ministro Eduardo Braga lembrou que ela foi presa durante a ditadura militar, portanto, tem fortes valores democráticos. ?O estado de espírito da presidente é de uma democrata que se coloca diante de seu povo para responder a desafios?, concluiu.

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